quarta-feira, 30 de julho de 2008

FOTO: AAGAMIA

Então nós deitamos. Eu tentava olhá-la, era inútil, não conseguia.
Eu tinha raiva dela estar ali, de saber que ela podeia ouvir meus pensamentos e respondê-los antes mesmo que eu percebesse ter dúvidas.
Eu não queria dividir minha cama, meu lençol, minhas roupas, meus amigos, sonhos, namorados ou qualquer outra coisa com ela, mas era, e ainda o é, inevitável.
Ela está aqui enquanto escrevo e dá pitacos até nos textos do meu diário.
E ela ocupa minha mente mesmo quando quero mantê-la vazia.
E se tomo um porre ela mantêm-se sóbria para censurar minha alegria.
E ela do meu lado. Eu dizia: Vá!!! Vá embora!!! E ela insistia.
Ela sabe que de um jeito meio-certo-meio-incerto fico feliz por não estar sozinha.

Um comentário:

Stefania Régis disse...

Ellen, gostei muito do seu texto.. eu diria do seu poema! Adorei quando vc diz "e se tomo um porre ela mantêm-se sóbria para censurar minha alegria"

Abraço!