tag:blogger.com,1999:blog-62508125054621298242024-03-13T19:53:23.581-07:00BLODEGAEllenhttp://www.blogger.com/profile/07599286269960969112noreply@blogger.comBlogger38125tag:blogger.com,1999:blog-6250812505462129824.post-31619568427601481362012-01-24T04:48:00.000-08:002012-01-24T04:48:04.475-08:00<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Sobre o aumento de passagens no Recife o pedido de 17,2% tinha um objetivo: conformar a população com o aumento de 6,5% que seria realmente aprovado. Talvez tivesse funcionado em outros tempos, quando a comunicação era um pouco menos facilitada e, sobretudo, quando a articulação política estava menos em voga entre os jovens de todo o mundo. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Tenho assistido o que posso daqui, da frente do computador, nas mídias, nos blogs e nos depoimentos que os amigos compartilham incansavelmente no facebook. </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Algumas coisas me assustaram e me fizeram ter certeza de que realmente vivemos um verdadeiro faz de conta. Faz de conta que somos livres, faz de conta que temos o direito a expressão... </div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Primeiro: Porque estudantes ou articuladores dos protestos foram intimados pela polícia antes mesmo do ato? Nossos passos e nossas publicações estão sendo vigiadas por que tipo de “olho repressor”?</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Segundo: Porque o uso da violência desde o primeiro instante. Porque chamar o batalhão de choque antes mesmo do movimento ganhar algum corpo. A ordem é dispersar? Então não podemos nos reunir e expressar a opinião se estivermos em massa?</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Terceiro: A agressão da polícia aos estudantes que estavam “refugiados” na Faculdade de Direito do Recife já é por si só absurda. Mas o silêncio da Universidade chega a ser vergonhoso. Até o momento nem mesmo uma nota, daquelas que não dizem nada e que estamos acostumados a ver por ai, foi publicada. O silêncio também me assusta por parte do governo do Estado. E ausência do Reitor, em férias, e do governador, viajando, não justifica. Cadê suas assessorias de comunicação?</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-D2IeALmgzZ8/Tx6oYcreEHI/AAAAAAAABvU/cJbF3DF_u8M/s1600/recife.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="160" src="http://3.bp.blogspot.com/-D2IeALmgzZ8/Tx6oYcreEHI/AAAAAAAABvU/cJbF3DF_u8M/s320/recife.jpg" width="320" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;">(<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; line-height: 14px; text-align: left;">Foto: André Nery)</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A imagem chocante do dia é a gravata dada por um policial em umA manifestante. Que merda é essa? É impossível não recorrer ao conhecido verso da Legião Urbana: “Que país é esse?”.</div>Ellenhttp://www.blogger.com/profile/07599286269960969112noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6250812505462129824.post-11628450223393954022011-08-15T13:09:00.000-07:002011-08-15T13:12:44.418-07:00O dia que tapacurá estourouNão existiu nada igual na historia da cidade. Nem em filme, conversa de mesa de bar, lembrança perdida da infância, anuncio publicitário ou qualquer escambal que fosse. Era novo. Um murro de Deus aplicado bem no meio da cara para lembrar que não éramos nada. Uma colônia de bactérias sobrevivente de um espirro divino. Nada mais faz sentido depois daquele dia.
<br />Um dia de Recife com chuva. É quando os guarda-chuvas saem de casa para flertar entre si, com seus donos de caras remelentas e inchadas de sono segurando os cabos para não se molhar. Eles Inteiros, coloridos, quebrados, compridos, curtos e ocupam todas as calçadas que ainda não encharcaram. Cruzando o espaço entre as poças, esbarrando um no outro nessa dança desconexa. Dizendo “Oi fulana” entre os pingos frios.
<br />Quem podia usava casaco, suéter ou qualquer buginganga de frio que todo mundo vê na televisão e fica morrendo de vontade de usar igual. Só que o Recife e seus vinte e nove célsius, em média, não deixam. Então dia de chuva vira uma chance de mostrar que você não é um pé-rapado. “Os Mendigos nos países frios tem mais estilo do que os nossos que mal usam um calção sem cueca, que dirá uma camisa”, diriam certos recifences. E nesse dia de chuva, papelão era disputado à tapa. #Quandoequetapacuravaiestourar já era vista no top trends do twiter.
<br />Logo às oito da manhã, as ruas já se encontravam intransitáveis, berrava um Geraldo Freire ao vivo pela Super Manhã. Chuva era a pauta do dia. Na televisão o assunto era a mesma cantilena de todos os anos. Chuva. Agamenon? Parada. Muita chuva. Domingos Ferreira, mesma coisa. Chuva. Caxanga? Já nem se tinha mais esperança de chegar na hora. Chuva e chuva. Jardim Brasil e Peixinhos perderam a visibilidade do asfalto uma hora depois da chuva. Cadê o governo que não vê a situação da gente? Chovia torrencialmente em toda a região metropolitana do Recife.
<br />De tarde a coisa complica mais. Escolas já liberavam os alunos desde as dez da manhã. Há todo momento o um nove zero estava a mil. Ligações de barreiras caindo. “Tapacurá vai estourar?” é o que dizem, mas ninguém acredita nesse boato. As ruas estão intransitáveis. Não há espaço para mais carros. As pessoas sabem disso e não ligam. Insistem em chegar as suas casas. Qualquer lugar menos aquele inferno molhado. O Governador anuncia que não é motivo de pânico, mas que os cidadãos da região metropolitana do Recife, caso possam, dirijam-se a locais mais altos.
<br />Ouviu-se então um barulho distinto dos outros em meio à chuva. Um som surdo crescendo, tomando intensidade, pegando forma e deixando as pessoas dentro dos carros e nas ruas paralisadas. Elas olhavam entre si sem entender o que era. Aquilo vinha vindo, vindo, mais alto que o som das buzinas, da chuva batendo a mil nos telhados, dos motores, dos queixumes dentro do ônibus e de toda tragédia humana que vive no Recife e luta para sobreviver. Então veio a onda que estava atrasada há mais de vinte anos.
<br />Pressão demais e uma rachadura que ninguém viu na parte interna da represa, tanta água de uma vez e a incapacidade de imaginar um absurdo selaram o destino de uma geração. Pelo menos foi o que disseram. As dezesseis e trinta uma onda gigantesca saiu de Camaragibe em direção ao centro destruindo tudo que podia no caminho. Matou os amantes nos motéis, abençoou os anseios dos pretensos suicidas do CFCH e dos que se ajoelhavam em sua frente aceitando a iminência da morte. Estuprou a Caxangá com sua fúria e silenciou todos os sonhos de quem ainda acreditava em Deus. As pessoas corriam em vão. Eram arremessadas umas sobre as outras, colidiam com carros e paredes. Quebravam os ossos e as juntas enquanto sufocavam com o lixo depositado nas vielas. Árvores centenárias que viram a cidade crescer foram arrancadas do solo, tombando sobre os fios de alta tensão causando mais dor e morte instantânea. Chegou ao centro em pouco mais de 10 minutos. Se tudo ocorreu em menos de meia hora, foi muito. Quase não deu tempo de dizer que era pra fugir, que amava, era pra se cuidar, que não ia dar mais para fazer aquela viagem ou ver quem ganhará “Dança dos famosos” desse ano. Só sobrou desolação.
<br />Ninguém sabe onde está o governo. Está tudo destruído. As pessoas que moram nos morros sobreviveram até onde a doença e a fome deixaram. Helicópteros tiraram quem pode pagar. Alguns anos depois, disseram que aquela história de cheia era um boato. Vai saber...
<br />
<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfq-jwhy4bTbB4hHNs6MnxcRxnWWFrMbIyiygagWArXV43Tm8ZE1D3XWQ6u5JNKe7LQM3DuGrfwrmfI7m9xVRZwkMTT_wcNsk7RsNmjwy9B4vlMhcr_Zer65qZsLcxm3MtHUoB1NNPIdE5/s1600/tapacura-estouro.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 452px; height: 500px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfq-jwhy4bTbB4hHNs6MnxcRxnWWFrMbIyiygagWArXV43Tm8ZE1D3XWQ6u5JNKe7LQM3DuGrfwrmfI7m9xVRZwkMTT_wcNsk7RsNmjwy9B4vlMhcr_Zer65qZsLcxm3MtHUoB1NNPIdE5/s1600/tapacura-estouro.jpg" border="0" alt="" /></a>Ricardo Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/02926837887463003618noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6250812505462129824.post-57340340702212376872010-11-30T07:50:00.000-08:002010-11-30T07:55:33.177-08:00Ônibus Blindado para transporte dos Sulanqueiros(essa matéria é meramente ficcional. todos os peronagens, lugares e ideias e situações foram utilizados apenas como elementos literários)<br /><br />Cansados dos constantes assaltos a ônibus de comerciantes populares (os chamados sulanqueiros), a empresa SIMBORA inaugura a sua primeira linha de blindados. Inspirados nos veículos do BOPE, os coletivos são recobertos de titânio, possuem duas metralhadoras na parte superior, lagartas de tanque de guerra e outros apetrechos secretos caso aja necessidade de passar por cima de outros veículos.<br />Se isso não bastar para intimidar os criminosos, os motoristas foram capacitados pelo exército para atuarem em locais de risco, tais como zonas de guerra ou tomadas ameaças hostis do mesmo nível. Ele é assessorado por mais dois funcionários que andam armados com fuzis de alto impacto e também receberam treinamento de sobrevivência no deserto e tortura para obtenção de informações que possam ser úteis para a policia na possibilidade de haver algum sobrevivente.<br />A iniciativa surgiu com Agenor Antero, motorista que já teve uma arma enfiada na boca que já teve de dançar a música do “todo enfiado” com uma tanga de uma passageira para divertimento dos bandidos. “Depois daquilo eu fui demitido porque não consegui chegar no horário na rodoviária. Peguei minha indenização e fiquei sem saber o que fazer da vida. Trabalho levando o povo pra sulanca há mais de trinta anos. Um dia eu estava em casa. Meu menino estava vendo aquele filme do capitão Nascimento quando eu vi o carro que eles usavam. Pensei assim ‘Agenor, dá pra tu fazer um igual, homi!’ Me ajuntei mais um sobrinho meu que é funileiro, falei com gerente, expliquei a situação. Ele riu quando eu falei a história da dança, mas liberou o dinheiro. Hoje vivo muito bem, graças a Deus”.<br />Os usuários passaram a utilizar do transporte (trinta por cento mais caro que o convencional) afirmam que o investimento vale a pena. “Estou muito contente com o serviço”, afirmou dona Maroneide de Jesus, sulanqueira há mais de vinte anos, que já nem lembra quantas vezes foi assaltada. “Era uma coisa certa, a gente saia de noite para fugir da fiscalização e aqueles filhos de uma cachorra sem pai vinham roubar a gente”. Os casos de abuso eram outra parte dolorosa do passado desordeiro. “Paravam o ônibus, subiam todos aqueles homens armados de tudo quanto é tipo de coisa. Aqueles homens grandes, fortes, das mãos enormes e de calça jeans cavada. Batiam na gente se a gente olhasse pra eles. Ficavam amolengano as meninas. Me amolegavam também, eu gostava, não vou mentir. Mas aí eles roubavam tudo. Só deixavam o que não valia muito. E eu ficava lá, toda molhada e sem um puto no bolso pra comprar um cigarro paraguaio que fosse. Hoje o tempo é outro, meu filho! Vendo toda a mercadoria. O que sobra de lucro eu gasto sempre com um cafuçu da voz grossa e barba, que tem a idade do meu neto, já que o traste do meu marido vive entupindo o cu de cana e dorme feito a desgraça”.<br />A empresa está fazendo a linha Caruaru-Recife a menos três meses. A expectativa é criar mais duas linhas até o fim do ano que vem que cortem o sertão, passando pelo polígono da maconha. Já se encontra em negociação linhas viárias que sirvam alguns dos principais trajetos das cidades do Rio de Janeiro e São Paulo.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.forte.jor.br/wp-content/uploads/2009/03/proj-transporte-tropa.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 746px; height: 522px;" src="http://www.forte.jor.br/wp-content/uploads/2009/03/proj-transporte-tropa.jpg" border="0" alt="" /></a>Ricardo Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/02926837887463003618noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6250812505462129824.post-33100753641337898472010-11-14T08:40:00.000-08:002010-11-14T08:45:07.724-08:00Quando vai ser????Como faço todo fim de semana, caminhei por um dia de novembro de sol a pino. A casa verde da minha mãe estava ao longe e no fim das minhas forças. Um oásis no meio do deserto. Meu cão estava na entrada, me olhou, veio até a minha direção. Não havia mais ninguem em casa. Entrei no lar vazio e assombrado pelas rizadas e tristesas de quem vive em uma familia. O cão sempre sempre ao meu lado. Em dado momento olhei no fundo dos seus olhos. Dotado da mesma certeza que um garoto tem ao olhar bem no fundo dos olhos do seu cão e da garota ao olhar no mais fundo da pupila de seu bichano, que vai embora alguem. e quando soube disso eu pensei que fosse ele, meu pai, minha mãe, minha avó, meu irmão, meus amigos, meus amores todos por quem sou apaixonado.<br />Uma certeza maior pór saber que hoje estou mais perto da morte. não consigo imaginar o ano que vem sem saber da morte de alguem que conheço. é fato tão preciso quanto as separações dos famosos, os novos rits da musica descartável brasileira e todas as demais coisas que vemos nas retrospectivas de fim de ano.<br />Não dá para ficar inerte sem se sentir mal. ver o mundo como você conhece chegando ao fim.Aqueles seres tão presentes e constantes na nossa vida como o respirar, o ter fome, amar, apaixonar, sorrir, gritar derrepente, se acabar.<br />Minhas lágrimas eram tão pesadas que me levaram ao chão. Faltou-me justo o ar daquela lufada de vento que nos deixa em pé. Enquanto eu o abraçava tolamente meu amigo me lambia tentando encontrar o sentido de tanta dor.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1bobblehead.com/Images/Products/F164.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 500px; height: 500px;" src="http://1bobblehead.com/Images/Products/F164.jpg" border="0" alt="" /></a>Ricardo Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/02926837887463003618noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6250812505462129824.post-77906165804547622432010-11-03T05:38:00.000-07:002010-11-03T05:40:22.846-07:00fatalismoLargou do trabalho e ligou para ela. Vou passar aí. Não sei, ela respondeu, tenho trabalho para fazer, uns projetos para entregar, meu marido pode aparecer... Vai ser rápido, argumentou. Em quinze minutos estava tocando a campainha dela. Sorriram sem tomados pela fatalidade dos eventos que aconteciam. Cinco minutos após já faziam amor de fim do mundo. Quando terminaram, se vestiu, a beijou na boca e foi embora. Não falaram muito além do habitual. Tomou o caminho para seu lar. Quando chegou recebeu a uma mensagem dela pedido para tirar uma duvida. Oi, aconteceu alguma coisa?! Você está sozinho? Estou. Não tem ninguém com você? Não, por quê? Nem amigos nem outra pessoa? Não tem ninguém aqui, certificou-a. Não quero mais ver você, ela disse, nunca mais. Me esqueça. Aquilo tinha lhe pego de jeito. Você tem certeza? Perguntou. Absoluta, respondeu. Ficaram o resto da ligação em silencio. Ela encerrou a ligação de súbito. Sobrou naquele lugar vazio o homem, com o silencio da solidão e a amargura das escolhas que fez na vida. <br /><br /><a href="http://sp9.fotolog.com/photo/57/50/120/caakaa/1228259902784_f.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 500px; height: 375px;" src="http://sp9.fotolog.com/photo/57/50/120/caakaa/1228259902784_f.jpg" border="0" alt="" /></a>Ricardo Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/02926837887463003618noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6250812505462129824.post-63482162548434295982010-10-23T08:28:00.000-07:002010-10-23T08:32:00.358-07:00Manifesto do Casa do Macho da Boa VistaSerá o Benedito? Não, nem ele suportaria o mundo moderno. Esse antro em que se precisa ser sensível, suave, gentil. Falar alto é grosso, palavrão então se tornou pecado mortal. Graças a essas mulheres pós-revolução sexual, com seus sutiãs queimados, anticoncepcionais cada vez mais criativos, nós homens fomos obrigados a nos comportar e baixar a tampa da privada abaixada e se servir sozinho. Estamos sendo domesticados, cavalheiros!<br />Mas e os estádios de futebol, os barzinhos pé-de-esquina e demais antros historicamente dominados pelos varões descendentes de Adão? Não estão aí para suprir essa ausência de espaço com suor e palavrões que nos caracterizam feito homens? Mas noticias. Foram sutilmente tomados por essas mulheres que descobriram como se infiltrar em nossos paraísos secretos. <br />Inconscientemente acabamos fazendo o mesmo. A ausência de um ambiente onde a testosterona flua normalmente nos deixa abalados como machos. Inverte papeis historicamente definidos. A metrosexualidade é prova cabal do quanto ambos perdemos nesse espaço, companheiros. Se não for tomada uma iniciativa contundente para reverter esse mal teremos um mundo suave e tenebroso. Vejo mulheres sentadas na sala e lendo o jornal, já que você está terminando de arrumar o cabelo e passando creme anti-rugas. Quando você menos esperar já vai estar se depilando todo e com medo de barata.<br />Você precisa tomar jeito na vida! Ou então sua princesa vai se frustrar quando precisar ser puxada pelos cabelos, jogada na parede e virar a lagartixa mais feliz da paróquia e você não corresponder às expectativas dela, pois ficou com medo de machucá-la (ou quebrar a unha). Quero só ver a tua cara quando ela falar na hora do amor ouvir “bate feito homem, porra!” <br />Faz-se mister a produção de um espaço em que a cafuzisse seja preservada. O lar do Macho vem para cumprir esse papel importante. Um espaço onde se manda quem quiser para a puta que o pariu, cultivar o calo sexual sem culpa, bater forte sem perder a amizade, falar na altura que lhe convém, fumar até o pulmão não ter mais força de puxar nada, beber todo álcool e comer o mais oleoso e gordurento tira-gosto feito um porco. Tudo isso servido por menininhas com peitinhos de fora que adoram receber uma tapinha na bunda para te lembrar com orgulho o motivo de você poder mijar em pé.<br />Se você se sentiu sensibilizado a causa, junte-se a nós. Aceitamos doações de maços de cigarros, garrafas de uísque e estamos cadastrando as meninas voluntárias que sentem necessidade de fazer feliz esse ultimo exemplo de virilidade, que somos nós.<br />Quem está comigo?<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.onordeste.com/administrador/personalidades/imagemPersonalidade/01d7c7e199158a2bf4885c446bfe96c6684.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 470px; height: 712px;" src="http://www.onordeste.com/administrador/personalidades/imagemPersonalidade/01d7c7e199158a2bf4885c446bfe96c6684.jpg" border="0" alt="" /></a>Ricardo Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/02926837887463003618noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6250812505462129824.post-88077402804045435452010-08-16T18:13:00.000-07:002010-08-16T18:18:08.957-07:00TempoeiraTodo dia eu acordo mais cedo<br />Para conseguir chegar mais rápido onde sou cobrado,<br />fazer a tempo tudo o que preciso para ficar livre das minhas obrigações<br />aquelas coisas todas onde me meti.<br />Finalmente ser deixado em paz<br />Ter o tempo livre que desejo e deixei de usar no instante que acordei mais cedo.<br />Mas a cada momento que fico mais livre crio outros grilhões<br />Que me deixam preso a novos trabalhos<br />E acordo mais cedo ainda<br />Para lidar com essas novas condições<br />E encontrar tempo de descansar, viver.<br />Mas o tempo passa em outra velocidade<br />Surgem novas variáveis que não estavam previstas<br />(Ônibus<br />Trânsito<br />Esqueci!<br />Não veio?<br />Não ficou pronto a tempo...)<br />E eu resolvo cortar justo onde dói mais<br />Todo dia é o mesmo dia<br />Porque eu ainda não fui dormir.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://clinotavora.planetaclix.pt/saude-insonia-1.gif"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 217px; height: 212px;" src="http://clinotavora.planetaclix.pt/saude-insonia-1.gif" border="0" alt="" /></a>Ricardo Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/02926837887463003618noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6250812505462129824.post-37313837452412560092010-08-03T15:18:00.000-07:002010-08-03T15:20:25.138-07:00Hay kay do lisoDa sala por quarto,<br />Do quarto pra sala<br />Rotina de liso é foda.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjluJ-yqzhA3sGRlaIpqdHfPvPtlPrtmkd3RYFrbAmc3DrqaT_FdibY35ugXXNuTiGVmUNio4txzujn0VnAF1QgsWMMU9otAZaZYkBMG7DeUhGys4BuEo7CGcq3d-6x7jgySaZ0yoWS7aZ5/s320/sem_dinheiro1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 234px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjluJ-yqzhA3sGRlaIpqdHfPvPtlPrtmkd3RYFrbAmc3DrqaT_FdibY35ugXXNuTiGVmUNio4txzujn0VnAF1QgsWMMU9otAZaZYkBMG7DeUhGys4BuEo7CGcq3d-6x7jgySaZ0yoWS7aZ5/s320/sem_dinheiro1.jpg" border="0" alt="" /></a>Ricardo Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/02926837887463003618noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6250812505462129824.post-78070268232790716622010-05-31T12:28:00.000-07:002010-05-31T13:00:29.863-07:00E aqui estou. cansado da solidão, do tédio e mais três coisas que incomodam a humanidade desde o inicio dos tempos a sua escolha. A vida, nesse dia de hoje, é essa. Estagnada feito trânsito das metropoles que vão acabar em ecatombe. há tempo até para pensar em pessoas imaginárias. Agora, nesse exato momento uma garota perde a virgindade, outra viu algo que não devia e mais duas acabaram de dar um beijo. com toda certeza uma delas vai se arrepender muito do que fez. Não há como precisar o que acontece. Não vale a pena. Assim como o tédio, tratam-se de ações inexplicaveis aos homens de outros lugares e tempos. Iriam acontecer cedo ou tarde. Na verdade no momento que elas estiverem prontas para estrear, mesmo sem saber ou contra sua vontade. Seria a centelha divina operando nas suas vidas? acho que não. seria presunçoso demais atribuir todas as ações da terra ao mecanimo divino. Algumas (como os casos que citei no momento) são do nível das porcas que caem do bolso furado do mecânico de foguetes. E sem saber o motivo certo, acabam conquistando o espaço sem esforço algum. de qualquer forma haverão ramificações, interpretações dos fatos (erradas na maior parte dos casos) e consequencias dos atos praticados pelo exercício do livr-ábitrio. não as conheço e por isso não me sinto desposto a julga-las. quanto a mim? bom, estou querendo voltar a descobrir para lembrar qual o caminho que escolhi.Ricardo Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/02926837887463003618noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6250812505462129824.post-27947688123776156802010-03-25T12:38:00.001-07:002010-03-25T12:55:35.031-07:00Considerações no dia de chuvaeu quero aquela sensação perfeita de acordar num dia de chuva depois que o despertador toca. Para primeiro reconhecer o som das gotas d'água salpicando insessantemente o vidro da janela. Olhar o mundo lá fora em tom de cinza. menos claro, mais quieto, duas marchas abaixo da velocidade normal. preencher as narinas com o ar gelado e assopra-lo quente em resposta ao frio. para em seguida lembrar que não preciso sair da cama agora, nem fazer o café, tomar banho e ir ao trabalho. então, como prêmio pelos meus bons serviços ao mundo, me encaixo melhor entre as pernas e braços dela, cubro-me com o lençol e sonho, que quando juntos, não me fazem sentir a dor do mundo.Ricardo Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/02926837887463003618noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6250812505462129824.post-12047983978804707082010-02-23T16:21:00.000-08:002010-02-23T17:18:26.097-08:00definitvamente Atílio não servia para o esporte.muito menos o esporte para nosso sendentário em questão. A velha história do casal que não nasceu para viver junto, por mais que tentasse. isso de ficar sarado a base de suor, carreira e o escambau não estava traçado nos seus planos. Na natação ficava sempre gripado, no futebol vivia torcendo a perna, no judô o braço estava sempre inchado e a medida que os esportes individuais se mostravam menos convidativos ele mandava as favas todo aquela conversa mole de fitnnes e vivia feliz. Até voltar a perceber o bucho crescendo na medida que as farras aumentavam e a vergonha de tirar a camisa na praia crescia em proporção inversa que ele se sentia menos desejado. <br />resolveu, como todo clássico amante frustrado do esporte, apostar. ciclismo foi a bola da vez. trajeto simples. coisa de alguns quarteirões e voltar para casa a tempo de tomar café e seguir para o trabalho. <br />acordou as cinco e quarenta da matina. Ainda em jenjum botou uma bermuda preta, camiseta azul, tenis e óculos. alongou as extremidades com o pouco q se lembrava das aulas de educação física. retirou a velha magrela da condição de obra de arte e desceu com a inseparável magrela para cruzar as ruas do centro do recife pela manhã. os poucos carros, a gente trabalhadora que sai de casa ainda escuro para chegar cedo no serviço e os passaros a gorguejar eram as testemunhas da nova tentativa do atleta.<br />seguiu em disparada o destino. logo de início notou que a bicicleta estava além do normal de pesada. os peneus estavam murchos. nada que uma parada providencial no posto de gasolina que fica em frente ao colégio Decisão não resolvesse, pensou. somando o tempo da parada, percorreria o trajeto em torno de vinte minutos. isso lhe permitiria um banho, café da manhã contemplativo e chegar ao trabalho com tempo de sobra. chegar ao posto não foi problema. mas coisas começaram a pender para o lado do rastro de corno por lá.<br />ao inserir a mangueira no pito do peneu ele se esvaziou por completo. ao apertar os botões da bomba de ar ela não fazia nada. e ao pedir para o frentista que lhe garantiu que a bomba funcionava para que (a contragosto) ele operasse a geringonça (afinal, a culpa é sempre do usuário incompetente) o funcionário concluiu que (de fato) ela estava quebrada. (merda) <br />Saiu de lá empurrando aquele trabolho de peneu vazio o mais rápido que podia até em casa. para passar o tempo que passou posando de mané, relembrou de todo mundo que odeia e lhe sacaneou para ter mais raiva da própria vida. chegou com meia hora de atraso e teve apenas quinze minutos para se arrumar para o trabalho. pela enézima vez não deu.<br />mas não foi de todo o mal. refletindo a noite, depois de um dia de cão, avaliou o tempo que percorreu resolveu não ser tão radical e dar mais uma chance ao mundo dos atletas. algo mais simples e menos tecnológico, como o cooper.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLtZNbf5l68ACOPXFfVfCmKIEzAnN2F25i0EjSjn7FtF_pkEnxBYGVR1dJvkUjTCGs_CT1rNtENwOxEynXt_ZRgCinvOr-eR8LJMvW1xJxB2E3oo2t0LWWFjXu5fAG6hOLetZ8q8hwnczB/s400/jogging-bike-max-knight-1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLtZNbf5l68ACOPXFfVfCmKIEzAnN2F25i0EjSjn7FtF_pkEnxBYGVR1dJvkUjTCGs_CT1rNtENwOxEynXt_ZRgCinvOr-eR8LJMvW1xJxB2E3oo2t0LWWFjXu5fAG6hOLetZ8q8hwnczB/s400/jogging-bike-max-knight-1.jpg" border="0" alt="" /></a>Ricardo Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/02926837887463003618noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6250812505462129824.post-7702958394078510252010-02-04T13:55:00.000-08:002010-02-04T14:02:36.659-08:00Pra não perder o carnavalPessoal: o negócio eh cantar no meio do salão (ou perto da mãe), bem alto, essas marchinhas que eu pesquisei entre os mais antigos foliões que conheço (pessoalmente) <br /><br />Você precisa conhecer Dois Unidos<br />Você precisa conhecer a Detenção<br />Você precisa levar pedra pesada<br />Nessa cabeça rapada<br />Pra deixar de Ser Ladrão<br /><br />Você pensa que o tomate é caro...<br /><br />Caro é Alho!<br />Caro é Alho!<br /><br />Você pensa que A mulher é manga<br />Mulher não é manga Não<br />Manga você descasca e chupa<br />Mulher não se desgasta não...<br /><br />(bom carnaval aos dois, talvez três, leitores dessa joça jogada as moscas:D)<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRJ6TG93dQpUQHA_S_h5mHUoroxk6bddsICXVL4IBzi0Wh_2emOJAL_xYG5tpjQMeOLIjq-nKBgioWMmzns1b8KKpD_IN3miyls7AP8eEAVrD2JGpWhWVoSb4MBpwvpo8hqEO-fU0AL1Q/s320/mmp465_dia12-carnaval2.gif"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 219px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRJ6TG93dQpUQHA_S_h5mHUoroxk6bddsICXVL4IBzi0Wh_2emOJAL_xYG5tpjQMeOLIjq-nKBgioWMmzns1b8KKpD_IN3miyls7AP8eEAVrD2JGpWhWVoSb4MBpwvpo8hqEO-fU0AL1Q/s320/mmp465_dia12-carnaval2.gif" border="0" alt="" /></a>Ricardo Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/02926837887463003618noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6250812505462129824.post-34389276455746017272010-01-19T13:44:00.000-08:002010-01-20T11:07:54.563-08:00O sabor das azeitonasNove anos. Quase duas mãos inteiras de dedos pra cima. Quando cheguei aqui no bairro eu só levantava uma mão quando me perguntavam quantos anos eu tinha. Nem acredito que cheguei até aqui. Até parece que foi ontem que eu era da alfabetização e meu pai lia para mim tudo que eu não entendia no mundo. Dos letreiros de ônibus aos livros. Não conhecia ninguém na rua. Não sabia brincar de nenhuma brincadeira que os meninos brincavam. No futebol era um dos últimos a ser escolhido. Ninguém me falava um segredo, por menor que fosse. Mas hoje estou aqui entre os primeiros a ser escolhido e sei da vida de todos os meus amigos. <br />Inclusive os meninos mais velhos que apareciam de tempos em tempos com aquela sacola cheia de azeitona preta. As mais gostosas que eu já havia comido. Eu perguntava onde eles achavam tanta azeitona assim. Era segredo, mas eu insisti tanto, emprestei tanto meus brinquedos, convidei tanto para irem a minha casa que certo dia o Tobias me falou aonde eles iam toda tarde depois da escola. Pedia para ir junto, mas eu era muito novo. Minha mãe não ia deixar, e a mãe de algum deles deixava? Se soubessem, duvido que deixassem. Custou, custou, custou até eu consegui ir com eles. <br />Certo dia o Marquinhos esqueceu a sacola e todo mundo ficou com preguiça de ir pegar em casa. Eu morava mais perto. Pediram para que eu pegasse. Falei que só ia se eu fosse junto. Junto pra onde, menino? Queriam desconversar. Eu disse que sabia do lugar secreto e que só pegava a sacola se eu fosse também. Ta, pega. Foi o que Tobias disse pros outros três. Os outros não acharam boa idéia. E se eu me acidentasse? Fizesse alguma merda como chorar, falar para a mãe de algum deles ou coisa do tipo? Ele falou para todo mundo sossegar, que eu já me garantia. Ele tomava conta de mim, como se eu precisasse de babá aos nove anos.<br />Tobias já tinha onze, já era adolescente. Eu o achava meu melhor amigo. Foi comigo pra minha casa tomar um copo d’água e pegar a sacola. Os outros seguiram na frente. Coloquei a sacola no bolso da bermuda e fomos andando. Nem sei quanto tempo andei. Acho que uns trinta minutos. Cada vez tinha menos casa e mais mata. Até que a gente chegou no muro do Golfe Clube. Era maior que eu e Murilo. Devia ter quase dois metros. Tentei, mas não tive força para levar o corpo pra cima. Pedi um calce. Ele me pediu as sacolas. Disse que só dava se ele me desse um calce. Ele soltou um sorriso, mandou eu me fuder, subiu em menos de cinco segundos, e pulou pra dentro do terreno do Golfe Clube. Aquilo me deixou com tanta raiva que eu acabei pulando no muro e subi quase morrendo. <br />Tobias estava começando a andar por um matagal e eu chamei o nome dele. Ele olhou surpreso. Vai ficar aí em cima ou vai entrar? Pulei e já fui andando no passo dele. Mais cinco minutos por uma trilhazinha escondida no mato. Cheiro de bosta, de lama, e de capim molhado. Um monte de mosquito passando e entrando na minha boca e no olho, que eu cuspia tudo para fora. O sol deixou a minha camisa grudada nas minhas costas. O suor também escorria pela minha testa e acabava pingando pelo meu nariz. Andamos até encontrar os outros escondidos por detrás de um arbusto. Nessa hora Tobias colocou a mão no meu peito e diminuiu o passo, andou agachado e eu fazia tudo que ele fazia. O vigia ainda não tinha largado. Era só esperar mais um pouco eu ia finalmente conhecer o lugar secreto. <br />Ficamos falando baixinho. De jogo, de desenho, das meninas, da mãe um do outro de como era a escola e tudo mais. Até Marcelinho dar o veredicto positivo. As portas do paraíso estavam desprotegidas e nós poderíamos invadi-lo. Eles andaram por mais uns cinco minutos e acabamos saindo no campo de golfe. <br />Chamar aquilo de campo de golfe seria pecado. Era feito o céu de tão bonito. Com aquela grama verdinha e bem aparada, as árvores compridas fazendo bosques aqui e acolá, os morrinhos onde a cor da grama ficava diferente e eu sabia que era onde estavam os buracos onde a bolinha devia ir. Não tinha um muro, uma parede, um prédio, um adulto, uma menina, nada que não fossemos nós e um monte de aventuras miraculosas vindas da cabeça de meninos suburbanos. <br />E a gente correu, gritava uhrrú pro vento, dava cambalhota, estrela, bunda canastra e o escambau. Até que chegamos aos pés de azeitonas pretas. Carregados de mal manterem-se em pé. Subíamos em todos feito macacos. Árvores feitas para a altura de meninos arteiros como nós. Que não ligavam de pular de um galho para outro e nem tinham vertigem quando olhavam para o chão. <br />Naquele instante descobri o motivo daquelas azeitonas serem mais gostosas do que as que meus pais compravam na feira. Eu tinha deixado de ser o menino da minha mãe naquele dia. No passar daqueles dias acabei aprendendo a ir sozinho pro paraíso. Se bem que era muito melhor ir com meus amigos. <br />Agora eu queria mais, e tudo que passava na minha cabeça era prever o futuro e saber quantos dedos teria de levantar até finalmente dar um beijo desses que só via na novela.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjeH4QHFMZrYJGQCe18JKQhV3NS0JRSAttExwHleKjdOVoegYHYXGg6TPbvn7u-CNJ4mBIutb4KG6qSGNQjFuy5OLBGhudro7WpUtMAcTRCbLFxeyIsi9GEnLVJ812sYHaAARNAfDhXSg/s1600-h/EMN_6303.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 358px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjeH4QHFMZrYJGQCe18JKQhV3NS0JRSAttExwHleKjdOVoegYHYXGg6TPbvn7u-CNJ4mBIutb4KG6qSGNQjFuy5OLBGhudro7WpUtMAcTRCbLFxeyIsi9GEnLVJ812sYHaAARNAfDhXSg/s400/EMN_6303.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5428571255524147634" /></a>Ricardo Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/02926837887463003618noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6250812505462129824.post-7576625964460250262009-12-02T12:12:00.000-08:002009-12-02T12:16:29.935-08:00Já nem imaginava q ano novo tivesse tanto poder ...Nesse ano aconteceram varias coisas que eu não imaginava que pudessem acontecer: eu morar fora de casa, tirar carteira de motorista e ficar solteiro. quero só ver o que vai ser 2009. eu não espero mais nada a n ser as (boas) surpresas :)<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.lucianamoreira.com.br/wp-content/uploads/2009/10/andre.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 299px;" src="http://www.lucianamoreira.com.br/wp-content/uploads/2009/10/andre.jpg" border="0" alt="" /></a>Ricardo Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/02926837887463003618noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6250812505462129824.post-67511583361278437482009-11-25T08:17:00.000-08:002009-11-25T08:25:20.757-08:00O mundo novo- Mãe?<br />- O que foi?<br />- Por que tem tanta gente morrendo esses dias?<br />- Porque estão com medo de encarar o novo mundo.<br />- E é pra se preocupar?<br />- Depende do que você espera do mundo novo, agora passe mais um pouco dessas latas para a casamata.<br />- Claro, assim que terminar de montar mais esse rifle eu faço isso.Ricardo Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/02926837887463003618noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6250812505462129824.post-2993053266815343332009-10-22T13:13:00.000-07:002009-10-22T13:25:57.557-07:00A tristeza de quem está só é não ter com quem comemorar as vitórias. <br />Elas morrerão com ele. <br />E a história vai fazer questão de esquecê-las, como se elas nem houvessem existido. <br />Essa é a verdade<br />Por isso ele publica algo. Para dizer ao mundo “estou vivo” mesmo não estando mais entre os reles mortais como nós.<br />Vamos torcer para que o nosso arqueólo que a vida nos der ache nossa vida interessante.<br /><br />É bom estar de volta.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjX0uVCvdthaky9oKmT2d3rMTBJLtEPceUHmcRJDjUfO5AQmkTw0akCke22zishrWtYdD4AwohSy2sF8mVPo8bO68WagbOxTf7dHw3SnsFZtOtRxfeGlgyEDCj3Ial_f81AgzI_ITjPY-k/s1600-h/014_keeley_hazell.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 309px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjX0uVCvdthaky9oKmT2d3rMTBJLtEPceUHmcRJDjUfO5AQmkTw0akCke22zishrWtYdD4AwohSy2sF8mVPo8bO68WagbOxTf7dHw3SnsFZtOtRxfeGlgyEDCj3Ial_f81AgzI_ITjPY-k/s400/014_keeley_hazell.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5395522902743949970" /></a><br /><br />(modo 'olhar de safado on) vem pro pau, fia, vem :P (olhar de safado off)Ricardo Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/02926837887463003618noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6250812505462129824.post-44257903831363724052009-08-14T09:32:00.000-07:002009-08-14T09:40:04.994-07:00Torpdedo 1, disparar!Ele estava no pátio quando ela chegou. Amigos em comum. Recife é um ovo. Podia ser o vinho, podia ser o fato que ela lhe chamou a atenção e queria uma forma de se aproximar. São apenas elucidações. O que importa é que estava tão de bem com a vida que resolveu arriscar. O máximo que poderia acontecer era ser ignorado e a vida seguiria seu inexorável curso.<br />Após confirmar alguns dados a respeito dessa moça, rasgou um pedaço (em branco) da agenda cultural que acabou servindo de apoio. Escreveu o bilhete e lhe entregou no meio da conversa que ela estava tendo com os amigos. Se ela aceitasse o papel significava que estava sento oficialmente desfiada. Tomou a dianteira e disse que a resposta da pergunta que estava lhe fazendo só poderia acontecer daqui a cinco minutos. Ele não é de brincar com esses assuntos sentimentais.<br /> Ela leu “Torpedo é apenas cantada ou é poesia?”. Aparentemente nada intrigante. Poderia descartar e seguir sua vida nos mesmos moldes que falamos acima. Mas preferiu entrar no jogo e seguiu as regras que ele havia imposto. O desafio estava aceito. Dentro de cinco minutos, escrito no verso do papelzinho estava “Torpedo é intensão e prática. Fórmula hig tech dos amores urgentes e modernos.”. Ele procurou outro pedaço de papel na mesma agenda cultural, rasgou-o e lançou no campo de batalha dos seus olhos.<br /> “Torpedo é para: paixões, promover as vontades ou ser presente na vida dos outros de agora por diante?”. Não acreditou que a coisa iria além daquele ponto e logo tratariam de iniciar o diálogo vis a vis. Esperou por ela tomando seu vinho e comentando com os amigos as performances dos escritores que se apresentavam na recitata. <br />Ela queria continuar jogando. Apareceu no meio desses comentários a respeito dos outros como alerta de e-mail novo do menssager. Soltou até barulhinho, vejam só! Ele brincou dando dois cliques na mão dela antes de pegar a resposta de seu segundo torpedo. Atrás de sua mensagem estava “Torpedo é mensagem fugas. A msg vai, as paixões ficam e enter.”<br />Estava tudo indo rápido demais. Talvez ela quisesse dizer que o não estava mais a fim de perder tempo no joguete. Precisava agir, pois ela não passaria daquele ponto. Partiu para a abordagem mais direta que poderia propor naquele momento. Novo pedaço de papel de agenda cultural destacado, cuidadosamente escolhido para não danificar o seu conteúdo. Entregou-lhe novo torpedo nos mesmos moldes de sua adversária. Decidiu resolver tudo de uma vez. Ela leu “Ah, então blz. Me dá teu tel, msn e orkut p/ celebrar essa rápida falta. Principalmente de tempo.”. Ele recebeu como resposta “E eu que pensava q estávamos montando um poeminha coletivo! Ha ha ha. ______________@hotmail.com”. Era o fim daquele jogo, já tinha conseguido o que queria. O que viesse depois daquilo seria lucro para alguém sem muitas pretensões.<br />Quando essa mensagem chegou ambos já estavam se principiando em uma conversa, que seguiu para um bar junto aos amigos. Conversaram mais próximos e acabou-se a noite com uma tentativa de beijo que não se concretizou quando estavam se despedindo. Ela falou que precisa lê-lo antes de tomar qualquer decisão nesse sentido. <br />Ele aceitou que ela o leia com mais profundidade. Deixou disse que iria expor o que falaram e se ela comentasse a esse respeito poderia lhe mostrar algo mais. Será que ela está disposta a mais um tiro nessa guerra ou vai assinar a rendição?<br />O prazo estabelecido é de duas semanas a partir desta publicação.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieCQBFvLocQbzzk2H-3ZTCvxqBpc9R-geZNiMznKkMh3fA7f2FoT3WhRThFqI-nGHgucwFemVF3tknOy779_ZldgynJFi2m9r3OdBd9XWSByN5tMXXYRHlz11T7F1_4iJbGLFVEpxwMw4/s1600-h/paquera.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 202px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieCQBFvLocQbzzk2H-3ZTCvxqBpc9R-geZNiMznKkMh3fA7f2FoT3WhRThFqI-nGHgucwFemVF3tknOy779_ZldgynJFi2m9r3OdBd9XWSByN5tMXXYRHlz11T7F1_4iJbGLFVEpxwMw4/s400/paquera.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5369860060954439586" /></a>Ricardo Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/02926837887463003618noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6250812505462129824.post-71339120123944724502009-08-06T10:31:00.001-07:002009-08-06T14:06:44.351-07:00BurocratizaçãoChego à sede da SAESBRAS (Secretaria da Agencia Especial de Sistemas Brasileiros) precisamente às dez e trinta. Há pouco tempo eles conseguiram chegar à categoria de Ministério. Está na hora de cobrar favores e fazer novos negócios. Deixei meu assessor direto ajudando o meu gerente de deslocamento estacionando o carro da empreiteira. Prefiro tratar desses assuntos com Otávio com o máximo de discrição possível. <br />Exceto pelo coordenador de políticas de segurança e o técnico de higiene ambiental não há mais ninguém no hall da repartição que eu ja tenha visto. os outros duzentos devem ser funcionários temporários estagiários. Nenhum deles me cumprimenta, porém me acompanham com os olhos até a entrada do elevador. <br />Aguardo em silencio. Quando as portas metálicas abrem, entro e digo meu destino ao técnico de transporte vertical. Ele pressiona o botão e subimos ao som de um teclado tocando Beatles que está lá para despistar o barulho do pequeno ventilador de hélices azuis. Sobem e descem em andares seguintes vários técnicos em produção textual digital e alguns auxiliares administrativos direcionadores de documentação específica e pagamentos bancários. Cochicham sempre quando falam de alguém. Não dizem nomes, apenas apelidos, salas, siglas e em alguns casos raros, as funções especificas. Os superiores são o principal alvo das criticas. Parece nenhum deles merece a função adquirida tamanha a incompetência atestada por seus subalternos. As informações costumam ser confirmadas ou negadas pelo técnico de transporte vertical. <br />Chego ao meu andar. O aroma de café e nicotina dos corredores está em todos os ambientes que percorro. Mantém os funcionários passivos e acordados. As conversas que saem das salas são semelhantes as do elevador. O som de campanhas telefônicas é a musica do lugar. Graças ao auxilio de outro técnico terceirizado de higiene ambiental consigo chegar até a sala do superintendente designado pelo ministério. <br />Abro a porta de vidro de uma sala decorada com a foto do presidente, uma bromélia, carpete vermelho, luz branca, dois conjuntos de sofás para as visitas constantes e um bebedouro. Como guardiã da sala do superintendente encontra-se uma mulher por trás de um balcão. A assessora de compromissos e direcionamento pessoal despacha o técnico de reprodução de documentação e afins. Ele passa com a pilha de pastas etiquetadas pelo caminho que entrei. Em menos de cinco minutos ela já havia atendido quatorze ligações. Não repassou para o superintende nenhuma. Ele estava em uma reunião com o secretario de desenvolvimento ordinário e o assessor do primeiro ministro da Birmânia e pediu para não ser incomodado. A moça de voz cantada e com sotaque carioca anota os recados porque não há prazo para o fim da reunião. Mas deve ser em breve, pois ele embarcará ainda hoje para Brasília para outra reunião de apresentação dos resultados e avanços dos últimos cinco dias. Quando ela me percebe, abre um sorriso, liga para o seu superior, me anuncia e diz que o superintende já está me aguardando. Me indica a porta que está localizada no fim do corredor atrás dela. <br />O superintendente usa um gabinete do tamanho de um apartamento de beira mar. Avisto Otávio no canto da sala. Está sentando perto dos janelões. Apesar das duas cadeiras dispostas defronte ao birô do meu colega de partido, no seu colo sua estagiária aprende informática passeando pela apresentação de slides em Power Point que ele vai utilizar na reunião de Brasília. A aula deve estar muito interessante. Ela não para de rir e ele não para de brincar de bolinar o corpo da aluna. Otávio está maior do que na época da campanha. Do jeito que está vai entra na faca pela segunda vez em menos de três meses. Quando me percebem ele pede para ela procure o técnico de reprodução de documentação e afins para que ele providencie cinco copias daquela apresentação. Ela sai da sala caminhando como se estivesse em uma passarela e me dá um sorriso safado quando passa ao meu lado. Em seguida Otávio me pede para sentar numa das cadeiras localizadas a frente da sua mesa. Quando me sento ele pega o telefone e pede a sua assessora de compromissos e direcionamento pessoal encontre a gerente de serviços gerais ligados a cafeína e providencie dois cafés para o convidado dele e ele próprio. Pergunto do pessoal do partido. Ele fala de alguns, avisa dos outros possíveis candidatos que vão ser levados a aprovação na próxima convenção do partido. Fala que as alianças estão quase fechadas e sorrimos quanto ele fecha comigo para não se candidatar ao cargo. Saiu um pouco salgado, mas tiro essa diferença na próxima licitação que ele aprovar para mim na Câmara. Quando acabamos os negócios podemos nos assumir como da mesma família. <br />- E então Marcos, como anda o pessoal lá de casa? A tia Nita ta boa?<br />- A enfermeira disse que ela está ótima. Só que anda reclamando do sobrinho dela que não aparece mais. Passa lá em casa esses dias, cara.<br />- Acho que passo lá essa semana. E o teu filho, ta grandão, hein?<br />- Era até uma coisa que queria falar contigo. Ele já tem idade de arrumar um emprego para aprender o valor do trabalho. Tem como encaixar teu afilhado aqui não? Pode ser qualquer coisa. É só para aquele vagabundo ter uma desculpa para acordar antes das onze e ficar em outro lugar que não seja no bar ou na praia.<br />- Fechado. Amanhã ele assume o cargo de Gerente Regional de Políticas Auxiliares. Vou dar um salário de cinco mil para ele ok? <br />- Otávio, o menino ta com vinte e poucos anos. A mãe dele vive me enchendo o saco. Ele quase não aparece na faculdade. Ele não tem o mínimo de responsabilidade. É só um empreguinho de meio período para ocupar o tempo ocioso dele. Se você der cinco mil na mão desse menino e ele não chega nem ao fim do mês de tanto pó. Já me basta o que tive de gastar naquele caso do mendigo.<br />- Ah sim. Então coloco ele como assessor técnico de fiscal de obras. Três mil de salário, mais vale alimentação e uma cota de passagem de quinhentos reais. Ele só aparece aqui para assinar o ponto e fica aqui me ajudando em qualquer coisa. Tá bom pra você?<br />- Acho que você não está entendendo Otávio. É para ser um empreguinho simples. Coisa de salário mínimo...<br />- Ah, aí já não é comigo. Emprego de salário mínimo só se for via concurso público.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixYb2tWayFzokth8wB0CkqJEilX006EiT-uYSGP1-v5uiMrgHNBSJgdvBgnXE_YzZb_jHuMdUZ6SMbai8jW1ngzDYyPpZeP7JrNBnoMI2LfId55VQWEnYfu4eCsrxR_xTyP45wYt0LDFU/s1600-h/carimbo+3.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 347px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixYb2tWayFzokth8wB0CkqJEilX006EiT-uYSGP1-v5uiMrgHNBSJgdvBgnXE_YzZb_jHuMdUZ6SMbai8jW1ngzDYyPpZeP7JrNBnoMI2LfId55VQWEnYfu4eCsrxR_xTyP45wYt0LDFU/s400/carimbo+3.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5366905428662497058" /></a>Ricardo Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/02926837887463003618noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6250812505462129824.post-92063747736691572762009-08-05T17:58:00.001-07:002009-08-05T18:45:38.215-07:00O amor verdadeiro é inesquecivel, mesmo em tempos de guerra.O Santa Cruz vive uma das piores fazes de sua vida. Quarta divisão, o maior adversário quase conquistando a Copa do Brasil e a quantidade de mulher que está se assumindo rubro-negra não esta no gibi. Enfim, são tempos mizeráveis para ele e para mim. Contudo eu acredito na mudança. Essa é uma caracteristica de meu signo, que acaba se alastrando para todo brasileiro. Será que todo brasileito tem alguma casa zodiacal em libra? só assim para justificar tanta esperança.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhr1bR8FKZtEGg54aWY6GguraNlKyh3Azzg-ozPPYPLRe4Y6ejWV1jWRE_OydG1CAoaFn3XAN-Rq7HuuoAfvfyYeY56ktD9cDZUke224KrPFgiyp-6MNfrc4KARV2K93EKSS1IN1i1hHLc/s1600-h/santinha+tesao.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 278px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhr1bR8FKZtEGg54aWY6GguraNlKyh3Azzg-ozPPYPLRe4Y6ejWV1jWRE_OydG1CAoaFn3XAN-Rq7HuuoAfvfyYeY56ktD9cDZUke224KrPFgiyp-6MNfrc4KARV2K93EKSS1IN1i1hHLc/s400/santinha+tesao.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5366660869959645634" /></a>Ricardo Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/02926837887463003618noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6250812505462129824.post-63956426364596903922009-08-01T16:39:00.000-07:002009-08-01T16:43:07.555-07:00Do ato de dormirO ser humano, apesar de negar, é um ser hedonista por natureza. Para isso nós trabalhamos além da conta, enfrentamos o mundo e conquistamos uns aos outros. Dentre os tantos prazeres os principais devem ser comer, beber, excretar, transar e dormir. A este último resolvo tratar umas duas ou três linhas a respeito.<br />Confesso já ter dormido no chão, em colos confortáveis, no meio de um show, no ônibus acordando a cada parada e em tantos outros buracos que você não vai ficar feliz em saber, mas que deixariam qualquer faquir cheio de inveja.<br />Para dormir bem é preciso grande preparação. Ao longo do dia faça muito para ter direito ao sono dos justos. Aqueles que não deixaram o dia passar em branco usufruirão de uma cama que será a visão do paraíso sobre a terra. Quem trabalha duro sabe dar valor ao soninho, soneca e da dormida de noite inteira sem despertar sequer uma vez.<br /> Há casos de pessoas capazes de desfocar todo o quarto vendo apenas, entre nuvens e anjinhos, seu reluzente e aconchegante ninho.<br />Como todo prazer, é preciso preparar o ambiente para usufruí-lo nos seus mais altos níveis. Antes de dormir tranque bem as portas e janelas e deixe tudo que te aflige longe do seu quarto. Em seguida bata bem o lençol, a fronha e o cobertor para tirar todo o ácaro e poeira depositados ali ao longo do dia. Forre bem esticado o lençol, prendendo firme suas bordas embaixo do colchão. Para que esse universo de prazer não seja mal aproveitado, tomar um bom banho do tipo “tirar a mazela do dia” precisa ser providenciado a fim de garantir a higiene e o conforto. De tempos em tempos é conveniente deixar seu colchão tomando sol. Com essas providencias tomadas as eventuais coceiras podem ser deixadas de lado.<br />Um clima mais confortável e aconchegante pode ser alcançado com a queima de incensos, mas nada muito forte ou doce. As paredes devem ser brancas, azuis ou verdes para transmitir a tranqüilidade e estimular a criatividade onírica. Evite sempre que puder o vermelho e amarelo, pois essas cores esquentam o ambiente. Ah quem diga que a trindade perfeita para uma noite de sono excelente é feita com um bom vinho, seguida por um bom fumo e um bom sexo. Acrescento aqui cafuné e massagens nos pés. Acho que deveríamos instituir o dia internacional de dormir de conchinha.<br />O sono é um ser hesitante, assusta-se fácil com movimentos bruscos. Quando deitar, cubra-se com seu lençol mais aconchegante, ligue o ventilador ou aparelho de ar-condicionado e foque-se no seu som uniforme para abstrair dos outros todos que a noite nos arruma para encher o saco e espantar o sono. Então espere o João pestana assoprar a poeira nos seus olhos. Enquanto ele não chega conte carneirinhos ou bicho do nível, entretenha-se lendo uma leitura fácil, ou se inxira para a sua companhia de cama. Caso não tenha uma não se acanhe de usar suas mãos em beneficio próprio.<br />Ainda hoje acredito que uma das melhores sensações que tenho na vida acontece quando acordo as cinco da manha, com uma forte chuva batendo na janela, um frio danado pairando no ar e eu lembro que não preciso acordar naquela hora porque não vou trabalhar naquele dia. Então, cubro-me com meu lençol quentinho, ajeito o meu travesseiro, se estiver acompanhado providencio um novo encaixe confortável, fecho os olhos e vou brincar de tudo que é bom no meu mundo dos sonhos. Isso não dura nem dez segundos, mas sempre que preciso de uma emoção boa isso é uma das primeiras coisas que me vem à mente.<br /><br />Bons sonhos.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRbIFGWeyQ2UhYBrYjOq-CfXO7-1Lmo52kQPdVKhCXG74rno9pq35kCl_qq7XjCovbxRSjuLAx-nM6WHR94p9-zSxItZ5fZsesrqzYGKlqZMQEaKP4TYZ6970C6AKmdBSjhW3lF5u0-dI/s1600-h/sleep02.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 261px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRbIFGWeyQ2UhYBrYjOq-CfXO7-1Lmo52kQPdVKhCXG74rno9pq35kCl_qq7XjCovbxRSjuLAx-nM6WHR94p9-zSxItZ5fZsesrqzYGKlqZMQEaKP4TYZ6970C6AKmdBSjhW3lF5u0-dI/s320/sleep02.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5365144955804094690" /></a>Ricardo Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/02926837887463003618noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6250812505462129824.post-32780285399193762842009-07-17T12:52:00.000-07:002009-07-19T15:56:53.520-07:00Starman Volume 1<a href="http://s606.photobucket.com/albums/tt150/Zebebelo/Fotos%20maiores%20pro%20Blodega/?action=view&current=Panini_Starman_Vol1.jpg" target="_blank"><img alt="Photobucket" src="http://i606.photobucket.com/albums/tt150/Zebebelo/Fotos%20maiores%20pro%20Blodega/Panini_Starman_Vol1.jpg" border="0" /></a><br /><br />Starman é mais do que um herói. É um legado. E é esse legado que é ameaçado no primeiro arco de histórias por um antigo inimigo do passado. Em meio a isso conhecemos Jack Knight, filho mais novo de Ted Knight, o Starman original. Jack é um comerciante de antiguidades e colecionáveis que subitamente é arrastado para o legado dos Starmen.<br /><br />Starman não é novidade no Brasil, mas no formato e qualidade que a Panini oferece sim. Este lançamento da Panini Books reúne as nove primeiras edições de Starman, recheado de extras interessantes, capa dura e papel de qualidade.<br /><br />Mesmo com o luxo um tanto exagerado, creio que Starman vale o esforço. Tanto para fãs de super heróis quanto para de quadrinhos em geral, Starman é uma boa pedida. Sua história começa pelo surgimento do herói, todas as suas dificuldades em aceitar e continuar no papel e progride para a sua maturidade.<br /><br />O tempo foi generoso com a série. Originalmente publicada em 1995, não tem aquela sensação de ingenuidade e imaturidade que acompanha leituras de séries da mesma época. E em um período que se trabalhava mais imagens ao invés do texto, temos um gibi digno de produção da Vertigo: texto em conjunto com a arte casando perfeitamente com a proposta mais madura, mas sem sair (muito) da proposta dos super heróis. Tudo obra de James Robinson, criador da série.<br /><br />É preciso notar que a arte de Tony Harris dá o clima certo à história. Sua arte é expressiva em momentos tranquilos e tensos, e mesmo a disposição dos quadros ajuda nisso. Particularmente a história fechada contando o passado do vilão Sombra mostra desenhos mais sombrios e a participação de um escritor famoso. Nas demais histórias (além do arco inicial em 4 partes, duas histórias fechadas e uma em duas partes), a arte de Harris segue o mesmo padrão, porém diferente das histórias mais recentes dele, mantendo a qualidade, claro!<br /><br />Histórias de primeiríssima qualidade, lançadas originalmente no lamaçal dos comics que foram os anos 90 (principalmente ao fim da década). Assim como Hitman, Starman já foi publicado pela Magnum Force e a Metal Pesado/ Brainstorm/ Tudo em Quadrinhos, mas nunca foi finalizada. Na verdade só lembro Starman ter sido publicada uma história por edição pela Magnum e em edições esparsas pela outra (em especiais e na revista Dark Heroes) e ainda um especial reunindo as quatro primeiras histórias. Esta edição é tão luxuosa quanto os encadernados de Sandman da Conrad, por isso uma ótima aquisição, valendo cada centavo.<br /><br />Nota 10.Diegohttp://www.blogger.com/profile/04375054846240178550noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6250812505462129824.post-55177528587409391192009-07-07T18:51:00.000-07:002009-07-08T12:01:37.901-07:00Aaaaai, papai...O gibi do X-Factor número 45 que saiu lá nos EUA mostrou o que todo mundo que lia aquela joça de X-Force nos anos 90 suspeitava: que o Rictor, um mutante com poderes de terremoto, e Shatterstar, um guerreiro do mundo de Mojo que é filho da Cristal com Longshot (não sei se isso foi alterado e nem interessa) são viados!<br /><br /><a href="http://s606.photobucket.com/albums/tt150/Zebebelo/Fotos%20maiores%20pro%20Blodega/?action=view¤t=35344l4.jpg" target="_blank"><img src="http://i606.photobucket.com/albums/tt150/Zebebelo/Fotos%20maiores%20pro%20Blodega/35344l4.jpg" border="0" alt="Photobucket"></a><br /><br />Quando pensei nisso, depois de um tempo, lembrei de um gibi que comprei quando moleque, na verdade o primeiro gibi de X-Men que comprei na vida: X-Men número 95 da Editora Abril. Além da ótima história, surpreendentemente escrita pelo Fabian Nicieza e por um Mike McKone muito do nojentinho, dos X-Men caçando o Dentes de Sabre, tinha também uma história do X-Force escrita pelo mesmo Nicieza e desenhada por Matt Broome que "dão a entender" certos motivos dos dois mutuninhas. Por isso, vamos fazer um verdadeiro estudo de caso com algumas páginas que fazem todo o sentido do mundo agora!<br /><br /><a href="http://s606.photobucket.com/albums/tt150/Zebebelo/Fotos%20maiores%20pro%20Blodega/?action=view¤t=xmn0303095t.jpg" target="_blank"><img src="http://i606.photobucket.com/albums/tt150/Zebebelo/Fotos%20maiores%20pro%20Blodega/xmn0303095t.jpg" border="0" alt="Photobucket"></a><br /><br />Essa página foi feita para enganar o trouxa. Para disfarçar. Depois que Sam Guthrie, o Míssil, despediu-se de Dinamite para ir com Roberto da Costa, o Mancha Solar, sei lá para onde, Rictor aparece todo homão dizendo que Sam devia ter dado uma bitoca na Dinamite e o faz. Mesmo assim o cara fica chupando dedo porque Dinamite ama o Sam. Talvez esse seja todo o motivo de Rictor buscar carinho no colo do Shatterstar: UM AMOR NÃO CORRESPONDIDO!<br /><br /><a href="http://s606.photobucket.com/albums/tt150/Zebebelo/Fotos%20maiores%20pro%20Blodega/?action=view¤t=0010.jpg" target="_blank"><img src="http://i606.photobucket.com/albums/tt150/Zebebelo/Fotos%20maiores%20pro%20Blodega/0010.jpg" border="0" alt="Photobucket"></a><br /><br />Agora vejam QUEM o Rictor vai ver depois disso...<br /><br /><a href="http://s606.photobucket.com/albums/tt150/Zebebelo/Fotos%20maiores%20pro%20Blodega/?action=view¤t=0011.jpg" target="_blank"><img src="http://i606.photobucket.com/albums/tt150/Zebebelo/Fotos%20maiores%20pro%20Blodega/0011.jpg" border="0" alt="Photobucket"></a><br /><br />Siiiiimmmm! O seu consolo, o Shatterstar! Fazendo exercício com duas espadas (uia) numa "tauba" com uma malhinha de fazer inveja na aeróbica da minha prima. Hummmm, que delícia! E isso não é tudo, vejam o que o Rictor solta para a coitada da Feral no primeiro quadro quando ela o flagra olhando o Shatterstar:<br /><br /><a href="http://s606.photobucket.com/albums/tt150/Zebebelo/Fotos%20maiores%20pro%20Blodega/?action=view¤t=0012.jpg" target="_blank"><img src="http://i606.photobucket.com/albums/tt150/Zebebelo/Fotos%20maiores%20pro%20Blodega/0012.jpg" border="0" alt="Photobucket"></a><br /><br />Ele diz "Vai por mim, menina! Se quiser alguma coisa... ...agarre logo!" Aaaaai, papai. O que será que ele quis dizer com isso? Depois Rictor sai e deixa o Shatterstar fazendo seus exercícios de balé segurando duas varas, e o que ocorre a seguir se não é revelador, eu não sei mais o que é:<br /><br /><a href="http://s606.photobucket.com/albums/tt150/Zebebelo/Fotos%20maiores%20pro%20Blodega/?action=view¤t=0013.jpg" target="_blank"><img src="http://i606.photobucket.com/albums/tt150/Zebebelo/Fotos%20maiores%20pro%20Blodega/0013.jpg" border="0" alt="Photobucket"></a><br /><br />Siiiiimmmm! Ele recusa a ruiva tesudissíma Syrin que estava ainda por cima BÊBADA e vai embora sem mais nem menos deixando a gata inconsolada! Eu acho que essa fanta é uva!<br /><br />No final, temos uma "troca de carícias" entre os dois bofes, pois como são muito másculos e viris se estranham na tapa para depois resolver na cama! Uma típica briga de quem fica com o controle remoto da TV. É um casal que tem muito ainda o que aprender. No quadro da página seguinte o Shatterstar ainda tenta acalmar o seu homem que está irritado, suplicando compreensivamente "Qual o problema? Fala!". Vamos lá, Ric, não esconda seus sentimentos! Nesse mesmo quadro ainda há uma troca de farpas entre Ric e a bicha velha-mor do Cable! Não o chame de "Júlio", Cable. Só a mamãe chama ele assim...<br /><br /><a href="http://s606.photobucket.com/albums/tt150/Zebebelo/Fotos%20maiores%20pro%20Blodega/?action=view¤t=0018.jpg" target="_blank"><img src="http://i606.photobucket.com/albums/tt150/Zebebelo/Fotos%20maiores%20pro%20Blodega/0018.jpg" border="0" alt="Photobucket"></a><a href="http://s606.photobucket.com/albums/tt150/Zebebelo/Fotos%20maiores%20pro%20Blodega/?action=view¤t=0019.jpg" target="_blank"><img src="http://i606.photobucket.com/albums/tt150/Zebebelo/Fotos%20maiores%20pro%20Blodega/0019.jpg" border="0" alt="Photobucket"></a><br /><br />Espero que se divirtam tanto quanto me diverti ao ver um colecionador de gibis descobrir que aquelas histórias xexelentas ganharam um significado maior. Mesmo que seja só para fazer piada!<br /><br />A edição original dessas páginas foi a X-Force número 26, primeira série. Infelizmente não consegui escanear meu gibi, mas peguei a capa na net e umas páginas escaneadas de uma edição em espanhol. As partes citadas não são traduções livres, mas trechos retirados diretamente da edição em português.<br /><br />Diego RodriguesDiegohttp://www.blogger.com/profile/04375054846240178550noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6250812505462129824.post-61814910608516455012009-07-05T07:28:00.000-07:002009-07-05T07:54:06.816-07:00como as pessoas são<meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 11"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 11"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5Cxxx%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:595.3pt 841.9pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:35.45pt; mso-footer-margin:35.45pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 11"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 11"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5Cxxx%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:595.3pt 841.9pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:35.45pt; mso-footer-margin:35.45pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> </p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Nada de contos hoje. Este é o primeiro post sobre “como as pessoas são”... porque as pessoas são muito pessoas, e quem anda de ônibus sabe disso. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Eu voltava do trabalho, com febre. Estou com uma gripe violenta, não é a do porco, mas poderia ser a do javali. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial;">Sentei junto à janela. Eu e meu nariz entupido. O ônibus estava vazio, mas sabe que alegria de pobre dura pouco, e num determinado ponto sobem <span style="font-style: italic;">duzentas mil pessoas</span>... quase todas as cadeiras já estavam ocupadas quando avistei uma mulher com uma criança passando pela borboleta. Fiz um pensamento positivo para que ela não sentasse ao meu lado, mas foi mais forte a<span style="font-style: italic;"> Lei de Murphy</span>. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial;">Ela sentou ao meu lado e o pirralho foi logo apoiando os pés na minha perna. Não olhei para eles. Não queria ser obrigada a rir educadamente pra o pirralho que invadia meu espaço. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial;">A viagem começa. Num dado momento o pirralho pega a frauda da chupeta e começa a bater no meu rosto. Eu não olho. Não quero socializar. Não satisfeito ele avança no meu braço, que eu instintivamente puxo, o que irrita profundamente a mãe do menino. Ela se balança, começa dos ombros até a cintura. Passa a palma da mão nos cabelos e coloca<span style=""> </span>o Chanel pra trás dizendo <span style="font-style: italic;">“mai eu num to dizeno”</span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial;">Percebo que ela ficou irritada. Mas nem olho. Definitivamente não quero socializar. Só consigo pensar em comprimidos e na minha cama. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial;">O caminho segue, e quando estamos presos num engarrafamento o menino avança no meu colar. A mãe puxa o pirralho com certa ignorância começa a chamar a atenção dele. Eu tiro o acessório da mão dele e digo que ela lave a mão da criança quando chegar em casa porque estou muito gripada. Ela procura meus olhos e quando me fita tenho certeza que estou encarando uma entidade, mas não sei se é o <span style="font-weight: bold;">tranca-rua</span> ou a <span style="font-weight: bold;">pomba-gira</span>... <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial;">Volto meus olhos novamente pra janela tentando ignorar sua raiva... Sinto seu olhar de laser queimando meus cabelos. Enquanto isso o menino passa a mão por baixo do meu braço e me belisca. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial;">Quando desço do ônibus ela começa a berrar que eu deveria pegar um taxi ou ir pra casa de avião. Olho pra trás e vejo sua intenção clara de chamar atenção. Penso em voltar e perguntar por que se ela queria me dizer aquilo porque não o fez naqueles 40 minutos em que estive sentada ao seu lado... Sabendo que seria inútil e que a baixaria seria maior, desço. Engulo seco e desço. Acho até que ela me chamou de rapari**... <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial;">Fiquei pensando como era engraçado ela dizer que eu deveria ir de taxi porque não quis socializar com a criança, mas aturei ele chutar minha perna a viagem toda e não falei nada quando ele me beliscou. Ela se doeu toda só porque eu não socializei. As pessoas são muito pessoas mesmo. <o:p></o:p></span></p> <p></p> Ellenhttp://www.blogger.com/profile/07599286269960969112noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6250812505462129824.post-75196010420183129882009-06-29T09:37:00.000-07:002009-06-29T09:40:28.253-07:00perdãoeu me perdoo porque mereço ser perdoado.<br />porque perdoei gente demais que nunca faria o mesmo por mim.<br />eu me perdoo por todos os erros que cometi na vida e por saber que graças a eles eu sou alguem melhor.<br />eu me perdoo porque não vale a pena ficar sentindo pena de si mesmo.<br />esse é o dia mais importante da minha vida nova.<br />eu prometo fazer por merecer esse perdão.<br />a vida precisa seguir seu curso sem culpa.Ricardo Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/02926837887463003618noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6250812505462129824.post-59054262074822365592009-05-15T15:01:00.000-07:002009-05-17T08:31:14.286-07:00Irreversível<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2OA0sWx7ZL8A6mGIfRTYJO3TE0IscfjiyIuCAzdL3NWlvW8Ro1Lo-x9lhKqTRC2tC8XOhh7SEjPDJ2fuJlFUMmiSL7FPWr7wCXZMhJFllpFOixu2SYzlfu96xw1KkB1nPe_FVRmVAnIM/s1600-h/violencia.bmp"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 256px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2OA0sWx7ZL8A6mGIfRTYJO3TE0IscfjiyIuCAzdL3NWlvW8Ro1Lo-x9lhKqTRC2tC8XOhh7SEjPDJ2fuJlFUMmiSL7FPWr7wCXZMhJFllpFOixu2SYzlfu96xw1KkB1nPe_FVRmVAnIM/s320/violencia.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5336175479269291458" /></a><br /><br />Se soubesse que ia ser desse jeito eu jamais teria ido lá. Entrei em sua sala e ele mal olhou para mim. Preenchia algumas fichas e assinava papeis para logo em seguida carimbá-los numa cadencia burocrática de vários anos. Sentei-me em sua frente e a sua secretária nos deixou a sós. Conversamos alguma coisa sem muita importância para ele, como eu me sentia. Então ele me levou para o fundo da sua sala. Lá havia uma ante-sala reservada. Quando lá cheguei, mandou que eu deitasse em uma cadeira que estava ali especificamente para esse fim. Queria que eu já estivesse pronta enquanto ele despachava a sua funcionária. Percebi que eu não era a única a passar por aquela experiência traumática. Ele sabia muito bem o que estava fazendo e o que queria de mim. Sozinha, tentei relaxar sem muito sucesso tamanho meu constrangimento. Ao confirmar que estávamos a sós subitamente seu comportamento desinteressado em mim mudou. O homem avançou em minha direção me imobilizando com uma força inesperada, já devidamente armado. Congelei ao perceber no que estava me metendo. Então ele começou a sua tortura. Sem perder tempo o sujeito encaixou “aquilo” no meu buraco e iniciou seus trabalhos. Por cima de mim fazia o que queria para conseguir realizar seus objetivos pouco se importando comigo. Tive medo, muito medo. Pensava nos meus pais, nos meus parentes, meus amigos e meu amor o tempo todo. O que eles iriam falar de mim? Pedia a Deus para que qualquer um pudesse me arrancar daquela sala. Mas não havia ninguém. Então, ao perceber a minha situação e opções, em pânico, gritei empurrando-o de cima de mim. Minha reação impensada o fez se afastar. Consegui atrasar um pouco o inevitável. Isso não foi nada bom. Empunhado seu instrumento ameaçadoramente, ele mandou-me ficar quieta ou aquilo tudo poderia ser muito pior. Minha coragem esvaiu-se ao som daquelas palavras. Para evitar que ele me ferisse gravemente, acabei aceitando a minha situação permitindo a conclusão violênta contra meu corpo e alma. Limpei minha mente e abstrai a respeito do que estava sendo submetida. Foram apenas mais alguns minutos de agonia, parecidas com horas intermináveis. Quando tudo acabou ele se afastou retirando-se para a sala do nosso primeiro encontro. Ainda permaneci em estado de choque sentada naquela cadeira. Não sei de onde tirei energias para sair de lá e seguir em seu caminho. Sentei-me a sua frente. Evitava olhá-lo nos olhos. Não valia a pena passar por tudo aquilo por tão pouco, pensei comigo mesma, o que a necessidade fez comigo? Estupefata, refleti a que ponto tudo tinha chegado. Então ele me entregou um daqueles papeizinhos assinados que ele dá a todos que vão lá para fazer o que eu fiz. Segurei aquilo ainda tremula e li o seu conteúdo. Tudo certo, pelo menos isso. Ele chamou a secretária e mandou que outra assumisse meu lugar. Enxotada, saí de lá jurando para mim mesma que jamais me sujeitaria aquele tipo de criatura ou poria os pés naquele antro novamente. No mesmo dia, fui à recepção e marquei outro otorrino. Não quero saber nunca mais de acumular cera no meu ouvido e ter um carniceiro daqueles para limpa-lo.Ricardo Wanderleyhttp://www.blogger.com/profile/02926837887463003618noreply@blogger.com4